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Atividades marcam o Dia Nacional a Luta Antimanicomial
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Comunicação, com informações do Ministério da Saúde
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Na tarde dessa quinta-feira (16), o Cras Dr. Zilda Arns Neumann, em parceria com o Caps (Centro de Atenção Pssicosocial) de Marilândia do Sul, realizou, no Centro Social Urbano, um evento de conscientização a população sobre a luta do direito das pessoas com sofrimento mental, em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, lembrado no dia 18 de maio. O evento contou com a presença de pais, filhos, portadores de alguma anomalia mental, entidades parceiras e a comunidade em geral.
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Na ocasião, o psicólogo e coordenador do Caps, Thiago Ohara, deu uma palestra para sobre o tema e salientou a importância dessa luta. “Dentro desta luta está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, ideia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. Necessitamos de menos manicômios e mais acolhimento para essas pessoas”, explica.
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Para promover essa cultura, o Caps oferece atividades recreativas e esportivas, atividades extra Caps, oficinas, consultas médicas, psicoterapêuticas e acompanhamento com assistentes sociais. Cleide dos Reis, 37, conta que a mãe, Ângela Garcia Reis, 59, frequenta o Caps regularmente para tratar a depressão, descoberta há 1 ano. “Anteriormente, o tratamento era realizado no Hospital Regional de Jandaia do Sul. Ficava cansativo o trajeto. Além de que, ela [a mãe] era vista com maus olhos, pela fama de hospital de receber pacientes “loucos”, conta. “Hoje, o acolhimento no Caps é muito mais próximo e mais eficaz. Somado ao apoio da família, hoje ela se sente bem melhor”, agradece a filha.
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Cleide Reis com a mãe, Ângela Reis e o pai. Juntos ,eles lutam contra a depressão da mãe. ,
Foto: Comunicação/PMRB
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Ao final do evento, três pacientes do Caps deram depoimentos da luta contra as dificuldades que eles passavam, além de um delicioso café da tarde.
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HISTÓRICO DE LUTAS - O Movimento da Reforma Psiquiátrica se iniciou no final da década de 70, em pleno processo de redemocratização do país, e em 1987 teve dois marcos importantes para a escolha do dia que simboliza essa luta, com o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, em Bauru/SP, e a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília.
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Com o lema “por uma sociedade sem manicômios”, diferentes categorias profissionais, associações de usuários e familiares, instituições acadêmicas, representações políticas e outros segmentos da sociedade questionam o modelo clássico de assistência centrado em internações em hospitais psiquiátricos, denunciam as graves violações aos direitos das pessoas com transtornos mentais e propõe a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil a partir de serviços abertos, comunitários e territorializados, buscando a garantia da cidadania de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade.
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Assim como o processo do Movimento da Reforma Sanitária, que resultou na garantia constitucional da saúde como direito de todos e dever do estado através da criação do Sistema Único de Saúde, o Movimento da Reforma Psiquiátrica resultou na aprovação da Lei 10.216/2001, nomeada “Lei Paulo Delgado”, que trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência. Este marco legal estabelece a responsabilidade do Estado no desenvolvimento da política de saúde mental no Brasil, através do fechamento de hospitais psiquiátricos, abertura de novos serviços comunitários e participação social no acompanhamento de sua implementação.  ,
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