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“Ninguém é igual a ninguém”. Esse foi o tema do evento realizado pela APAE Dr. Osvaldo Garcia, de Rio Bom, na tarde dessa terça-feira (3), para celebrar o dia Mundial da Conscientização do Autismo. Na presença de, aproximadamente 100 pessoas, entre elas alunos e professores das redes estadual e municipal de ensino, representantes das secretarias municipais de assistência social e da saúde, autoridades municipais e da sociedade civil, os alunos realizaram apresentações artísticas sobre o trabalho desenvolvido com eles na escola.
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Entre as atividades, houve também uma palestra com a fonoaudióloga Paula Gabrielli Fracassi de Oliveira sobre a conscientização do Autismo e a importância de reconhecer o portador da patologia como cidadão. De acordo com Paula, a sociedade não está preparada para receber essas pessoas. “Como os autistas têm muita dificuldade de interação, a sociedade não consegue responder a esse estimulo, que é natural e, acaba por não entender que o autismo é uma patologia genética e não uma espécie de “cisma” do portador”, explica ela.
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Para Paula, saber acolher o autista com compreensão, com paciência e alegria, é a melhor forma de a sociedade integrá-los, de fato à sociedade. “O autista tem uma maneira diferente de ver o mundo. Ao encontrar algum, podemos tentar entender as suas manifestações (gritos, estereotipias, etc), podemos tentar acalmá-lo, conversar tranquilamente, olhar nos olhos, por mais que ele tenha fuga do contato visual, tentar tranquilizá-lo, entre outras ações”, acrescenta Paula.
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A fonoaudióloga trabalha com os alunos da APAE em Rio Bom e em Ortigueira, município localizado a 112 km de Apucarana, e diz ser muito gratificante. “A partir do momento em que você consegue causar estímulos em pessoas que não te olham, que não têm o contato físico, isso não tem preço. Você se realiza como profissional e como pessoa”, reconhece.
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O sentimento da professora Patrícia Deretti é o mesmo. “A APAE pra mim me transformou como pessoa. Há 23 anos como professora nessa instituição, eu continuo aprendendo com os alunos a cada dia. Aprendo a esperar o abrir a bala, ao esperar passar a crise e, principalmente a ter paciência e nunca desistir, por que muitas vezes, nós também temos dificuldades, mas quando chegamos à escola esquecemo-nos de tudo, pois estamos aqui nos doando para as pessoas”, salienta.
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Na abertura do evento, a diretora Cecília Fracassi salientou que eventos assim são ferramentas fundamentais para que a comunidade e as próprias famílias dos alunos conheçam e entendam melhor o trabalho que a APAE desenvolve com os alunos. ,
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A escola está em funcionamento desde 1995. Atualmente, são 23 alunos atendidos pela instituição. Para o agricultor Edson Lourenço, pai de um dos alunos, o trabalho que a escola desenvolve muito lhe auxilia. “Quando ele está na escola eu me sinto mais tranquilo. Sinto que ele está mais bem cuidado, por que ele tem à disposição pessoas qualificadas para trabalhar com ele”, disse o pai.
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Os pais de um dos alunos da APAE, Edson Lourenço e Laura Cordeiro
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Para o diretor de planejamento, Evaristo Eduardo da Silva, a APAE tem realizado um trabalho muito bonito e importante, na qual os seus colaboradores se doam e fazem tudo por amor a essas pessoas. Evaristo representou o prefeito Ene Benedito Gonçalves (PDT) que cumpriu agenda em evento político em Apucarana.
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Entenda a patologia ,
(fonte: ,https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/autismo/)
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Autismo é um transtorno global do desenvolvimento que acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais os meninos do que as meninas. A patologia , ,é marcada por três características fundamentais: inabilidade para interagir socialmente, dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
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Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três anos.
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Até o momento, autismo é um distúrbio crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar.
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Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente quando existem co-morbidades associadas.
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Uma das recomendações dadas pela ciência é ter em casa uma pessoa com formas graves de autismo pode representar um fator de desequilíbrio para toda a família. Por isso, todos os envolvidos precisam de atendimento e orientação especializados.
"Rio Bom