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Comunicação, com informações do ′Estadão′
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No encontro desse mês, as missionárias da Enbebras (Entidade Missionária Brasileira), Sueli Soares Costa e Angélica Luiza da Silva, se utilizaram da arte da "contação de histórias" para transmitir aos alunos dicas de bom comportamento. "Nós os questionamos como eles estão usando os dons da fala, da audição, da visão com a família, com os colegas, professores no cotidiano. Colocamos também os direitos e deveres que eles têm enquanto crianças", explica Sueli.
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CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS - A "contação de histórias" é uma das práticas mais remotas que se tem registro da humanidade. O ser humano conta histórias desde o início do desenvolvimento das habilidades de comunicação e da fala. Elas promoviam, e promovem, momentos de união, confraternização, trocas de experiências, além de ajudar a passar o tempo e vencer o tédio.
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As histórias despertam a imaginação, as emoções, o interesse, as expectativas… ouvir uma história e/ou contá-la e recontá-la é uma maneira de preservar as culturas, os valores e compartilhar o conhecimento.
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O primeiro contato da criança com o texto, geralmente, é por meio das histórias apresentadas, oralmente, por pais e familiares. Elas podem ser contadas em diversas ocasiões, como, por exemplo, ao acordar, durante uma tarde chuvosa, antes de dormir, preparando para um sono tranquilo e restaurador… Essa prática é extremamente importante, é o início do processo de aprendizagem.
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Ouvir histórias desenvolve o pensamento crítico e oferece para as crianças a possibilidade de conhecer um mundo encantador, mas, também, cheio de conflitos e dificuldades que precisam ser enfrentados. Segundo o professor Josep Maria Puig [em sua obra, de 1998, p.69], "a criança quando ouve histórias, consegue perceber as diferenças que mostram os personagens bons e maus, feios e bonitos, poderosos e fracos, facilita à criança a compreensão de certos valores básicos da conduta humana ou do convívio social. Através deles a criança incorporará valores que desde sempre regem a vida humana". , A psicóloga Rosely Sayão (2003) salienta que "contar histórias é um ato de amor e carinho por parte do adulto". Destaca, também, que, "de forma lúdica e prazerosa, a criança pode aprender muito a respeito do mundo que a espera".
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Em seu livro Contar Histórias: Uma arte sem idade, COELHO (1999, p.47) nos ensina que "antes de narrar a história deve-se abrir espaço para uma boa conversa. Por exemplo, se a história gira em torno de animais domésticos e começa-se diretamente, os ouvintes poderão interromper dizendo: eu também tenho um gato, um cachorro, um passarinho, o que for". A autora reforça que o espaço para as crianças falarem antes da narração é indispensável. Neste momento o "contador" conhece melhor as crianças e concede a oportunidade aos pequenos de falarem. Isto acalma e os prepara para a aventura.
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O "contador" precisa ser habilidoso, é necessário "entrar" na história e levar junto todos os ouvintes. Diversos recursos, como, imagens, sons, instrumentos musicais, materiais alternativos, devem ser utilizados para que o momento seja ainda mais aprazível.
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Algumas dicas e técnicas também podem ajudar. A linguagem corporal do "contador" tem grande relevância para o processo. Trocas de olhares diretas com os ouvintes são importantes. Caso identifique um ouvinte mais desatento, separe algum tempo para contar a história diretamente para ele, mas cuidado para que ele não se torne o centro das atenções, esse não é o objetivo. As perguntas devem ser respondidas, mas no limite exato. E lembre-se, as intervenções não podem comprometer o seu trabalho.
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O ambiente, mesmo que simples, deve ser favorável à "contação de história". Pode ser ao ar livre ou em locais fechados, porém é necessário estar livre de qualquer distração ou desconforto. Ruídos, pessoas transitando, excesso de sol, muito frio, muito calor, muito iluminado, pouco iluminado… tudo isso poderá dificultar o trabalho do "contador". Procure o ambiente e o momento ideais para contar suas histórias.
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A escritora e pedagoga Fanny Abramovich (1989, p. 17) nos diz que "é ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes como: a tristeza, a raiva, a irritação, o medo, a alegria, o pavor, a impotência, a insegurança e tantas outras mais, e viver profundamente isso tudo que as narrativas provocam e suscitam em quem as ouve ou as lê, com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas faz (ou não) brotar".
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No ato da "contação de história", a criança se identifica com os personagens, com os heróis, as heroínas, o mocinho e a mocinha… essa identificação desperta várias emoções e faz com que os pequenos coloquem para fora seus sentimentos e vençam o medo, a angustia, a timidez… além disso, a "contação" aguça a curiosidade dos alunos e desperta o interesse em conhecer mais histórias. A tendência é que naturalmente, se tornem habilidosos leitores e o processo de ensino-aprendizagem será mais rápido e prazeroso.
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"Rio Bom